sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Ode a quem respira

Ode aos que trazem suas cores e suas flores na pele
Pois eu já não as trago, eu já não as mostro
Não que não as tenha
Elas ainda pulsam dentro de mim

Em um deserto, flores não devem ficar a vista
Se somente uma flor se mostra ; morre
Se todas se mostram; não é deserto
É primavera!

7 comentários:

Anônimo disse...

Hãam. Vc tbm? :) Bjoss

Anônimo disse...

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia.
Mas é uma flor.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.


(tão)querido, o que acha dos jardins de inverno?

Anônimo disse...

Reza quem é de rezar, brinca aquele que é de brincadeira...
Tudo prenda pro seu Orixá.
=)

Anônimo disse...

No deserto há uma flor que ousa se abrir, ousa contrastar, ousa realmente a ser, mesmo abrindo sozinha e no meio dos espinhos; mesmo sendo a primeira vez em muito tempo.
E esse momento só não consegue ser mais bonito do que o fato de que até os cactus florecem.

Anônimo disse...

Oras, e quem disse que no deserto não há primavera? Que morrer pelo que se acredita é pior do que ser um exilado para sempre?
Uma pitada de diálogo, aceitar os restos e raspas que nos diferenciam... Ah! Doravante seria tudo tão melhor...

Anônimo disse...

"eu vejo flores em você"


Quem respira, aspira, e mesmo no deserto consegue sentir o aroma das rosas.

Tiago Elídio disse...

que linda ode!