sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bacante

Era definitivamente um filho de Dionísio. Assim como todos os seus filhos ele também realizava todos os cultos ao Deus dos vinhos. Jogava com sua embriaguez e brincava com seu sexo, era extremamente sexuado, seu corpo saltava de mãos em mãos, de bocas em bocas, de camas em camas, seu corpo era de todos, sua mente não era de ninguém.

Em um desses delírios bacantes foi surpreendido pela doença que se espalha a cada troca de fluidos, a cada estalar de gozo. Preso ao mal dos Dionísicos não conseguia mais deitar-se sabendo que causaria dor, então deixou de deitar-se, logo sua sexualidade se apagou e com ela sua chama vital. Em um golpe de sabedoria que só os bacantes conseguiriam entender, preferiu a morte à uma vida de privação.

6 comentários:

Anônimo disse...

Triste não é sinônimo de feio!

Lil disse...

Eu também preferiria. Eu acho ;)

Anônimo disse...

Pláaaagio !

Anônimo disse...

evoé!

Lil disse...

Será realmente que Filho de Dionísio decidiu deixar este mundo para repousar no Olimpo? Sem ao menos despedir-se de Lua, sua fiel companheira noturna, que guiava seus caminhos nas andanças bacanais? Ó Zeus, ó céus, eu me pergunto.

Anônimo disse...

Passei para falar oi e ler os seus textos. Adorei!
Marta