Ah! Como é bom sentir dor. Lembro-me da primeira vez que a senti, havia acabado de vir ao mundo quando uma mão enorme veio com toda a força em direção a minha bunda, uma mão grande, com dedos grossos que de deu um tapa estralado. Acho que esse tapa gerou todas as minhas outras formas de demonstrar a afeto. Na escola eu costumava bater em todas as meninas por quem me apaixonava e elas, para mostrarem que estavam apaixonadas por mim, vinham me bater, mas eu não sou o tipo de pessoa que é chamada de fácil, eu corria delas pra fazer um charme. Isso foi evoluindo, da agressão física para a agressão verbal e depois para agressão sexual. Comecei a agredir as pessoas sexualmente, mas somente as que eu amava, não me vejam como um pervertido ou um maníaco por sexo, eu só violentava quem eu realmente gostava. Tinha uns 13 anos quando comecei a fazer isso, apalpei a bunda de uma menina que eu gostava há tempos, ela me retribuiu com um delicioso tapa que me lembro até hoje, mas apesar de ter demonstrado afeto por mim, ela recusou meu pedido de namoro com uma cara de horror que nunca consegui entender. Comecei a procurar uma namorada, apesar das meninas sempre mostrarem que gostavam de mim com tapas e beliscões, as vezes até puxadas de cabelo elas nunca quiseram nada sério ( essa minha geração não quer saber de relacionamentos estáveis). Mas o destino havia preparado uma surpresa pra mim, eu estava saindo do mercado quando o alarme de roubo começou a apitar, então uma mulher vestida de segurança veio correndo em minha direção e me deu uma chave de braço e mandou eu encostar na parede, passou a mão por todo o meu corpo como se eu fosse um grande pedaço de carne. Eu não pude deixar de demonstrar meu afeto por ela nesse encontro de amor a primeira vista e dei uma cabeçada nela, quando ela caiu no chão comecei a chutá-la. A policia chegou e nos levou pra delegacia, lá começamos a conversar... Hoje somos casados, e estamos muito felizes com nossos hematomas.
Inspirado no texto "No tudo mais..." do blog Embaixo das Macieiras (o link está na lista de bogs, passem lá)
5 comentários:
sabes a diferença de estralar, e estalar ?
HA!
Deveriamos todos viver bem com nossos ematomas. Não?
dani, não entendi pq "história de um sadomasoquista". é uma história que continua ou apenas um conto? beijos!
maneira diferente de amar, apenas.
gostei da precisão do texto ;D
beijos :**
blogueiro também e nem me fala nada!
hahahahaha
texto ácido, tomare que não seja autobiográfico. hahahaha.
abraço.
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